Conhecimento é Poder?

Como o prometido, após pesquisar um pouco mais sobre o que se propõem o programa “KIPP”, retorno com informações e fontes que podem aguçar sua curiosidade sobre mais esse modelo, que para os seus defensores, dispõem de grande vantagem aos estudantes, pois direciona o estudante não apenas para a sua formação, alfabetização, mas o objetivo é possibilitar a entrada do estudante na Universidade. No livro Outliers, existe um capítulo, o cap. 9, que relata muito bem como é a cultura e o método de ensino usado nesse tipo de escola. Mais uma vez reforço a dica, leia o livro, vale a pena.

No site da KIPP, retirei esse trecho:

"Todo dia, Kipp alunos em toda a nação (EUA, grifo meu) estão provando que a demografia não define destino. Oitenta por cento dos nossos alunos são de baixa renda, e 90 por cento são Afro Americanos ou latinos. A nível nacional, mais de 90 por cento da média Kipp estudantes foram sobre-preparatório para a faculdade nas escolas secundárias, e mais de 80 por cento dos alunos Kipp tem ido para a faculdade. "

Em outra parte do site encontrei essa declaração:

"Kipp está comprometida com uma política de igualdade de tratamento para todos os indivíduos. Kipp não discriminar com base na raça, cor, gênero, deficiência, idade, religião, orientação sexual, nacional ou origem étnica."

O mais legal é que em setembro de 2008 aconteceu o encontro Tonomundo, do Oi Futuro, realizado na capital norte riograndense entre os dias 9 e 13. Reunindo representantes de 68 escolas de quase todos os estados do Brasil e mais oito secretarias estaduais ou municipais. Além deles, uma representante do governo de Moçambique também participou anunciando sua entrada no programa. Espero que os educadores e representantes do governo tenham aprendido algo. Falta a iniciativa popular, e privada, além de uma pequena mudança no que diz respeito à parte legal, governo, para fazer um estudo ou criar escolas modelos, conceito, verificando se esse modelo de grande sucesso em outro país possa apresentar êxito na nossa cultura.

Mas a maneira com que tratamos a educação de nossos compatriotas não é muito diferente de como queremos ver o nosso mundo no futuro, digo isso, pois a BBC Brasil no dia 01 de fevereiro deste ano, Lucas Mendes no artigo Derrame de dólares no Beabá, mostra como os EUA estão tratando o problema da baixa qualidade na educação, principalmente nas minorias de grandes cidades como Nova York, mesmo diante da crise econômica que teve suas origens e maiores efeitos justamente nos EUA. Enquanto que no Brasil, nosso presidente, e seus comandados, cortam verbas destinadas para a educação para a saúde, e logo em seguida aumentam as verbas para o programa Bolsa Família como aparece no Estadão. Qual o objetivo disso? Se na realidade um dos requisitos desse mesmo programa é que as crianças frequentem a escola! Tudo bem que foi criada uma medida provisória, mas só diz respeito à merenda e ao transporte, duas áreas muito conhecidas por desvios e sucateamento, respectivamente. Mas essas medidas não geram conhecimento, geram votos, geram corrupção, geram uma sucessão de eventos digamos danosos. Faz tempo que esse post vem sendo montado, mas Jarbas Vasconcelos inspirando-me a encontrar um mote que ligasse uma curiosidade (Kipp) a uma realidade (sistema educacional Brasileiro e preocupação com a educação no Brasil), o ideal ao real. Qual o tempo para que possa mudar a equação (ideal ≠ real)? Pergunte ao máximo de pessoas que puder talvez a mudança tenha que começar em cada um, e ser espalhada. Quanto ao governo?! Somos capazes de respondê-los a cada dois anos.

Quero lembrar a você que não sou educador, nem sou um crítico – quer dizer, não muito -, minha preocupação é socializar conhecimento e apresentar possíveis soluções através desse espaço livre (Blog ΛVisionando), sou apenas um administrador por formação altamente preocupado com aquilo que acredito ser de fundamental importância para a “mudança de um futuro”, ou se preferir “criação de um futuro”. Acredito que as críticas são pertinentes e que o mais pertinente seja a utilização do conhecimento como transformador social, como o próprio significado da sigla Kipp diz , “Conhecimento é Poder”.

Outros links para consulta, e aprofundamento:
Vídeo - Kipp: continuando a redefinir o que é possível na educação pública
Vídeo - Bill Gates: Como estou tentando mudar o mundo agora

0 comentários:

ACESSE